Saudades de Coimbra

Tenho saudades de vestir capa e batina, de não usar outra roupa se não essa e dizer que estou farta. Tenho saudades dos jantares e das noites, das marcadas e das imprevistas, das que corriam bem e das noites do mal. Tenho saudades dos lanches de ressaca, das mil e uma historias que tínhamos para contar. Tenho saudades dos cafezinhos, porque não nos víamos ou porque queríamos ver-nos mais vezes. Tenho saudades dos dias sem nada para fazer e das noites tensas de vésperas de entregas ou frequências. Tenho saudades dos mimos, dos abraços, das festinhas e dos afetos.
E tenho, sobretudo, saudades das pessoas que faziam todos estes momentos e que deixam um grande vazio junto com a memória desse tempo que não volta atrás por mais que o relembremos, por mais que o tentemos recuperar ou readaptar à nova realidade!

Misto de emoções

Os últimos dias têm sido cheios de nostalgias e boas recordações.É bom revisitar antigos momentos mas a saudade corrói-nos e a vontade de voltar a fazer algo que sabemos que não volta pode mesmo ser frustante.

E depois há aquelas coisas que te enchem de dúvidas e te dão vontade de desistir de tudo!

Dança

É estranho deixar algo que nos dá tanto prazer e querer sempre voltar e quando se volta é claro que as coisas estão diferentes. As pessoas estão diferentes, isto é, as poucas que restam. Durante tempos e tempos achámos que poderíamos voltar mas indisponibilidade e factores alheios impossibilitam-nos de fazermos algo de que tanto gostamos.
E quando nos deparamos com essa realidade não é fácil encará-la. Podemos até fazer visitas mas isso não quer dizer que voltemos. Mas há um sentir bem e uma nostalgia saudável que nos preenche. Uma saudade de algo que um dia nos fez muito feliz e um desejo enorme ( claro) de voltar a fazê-lo.
É triste e, ao mesmo tempo, bom poder voltar ao G3, local de tantos ensaios, coreografias, ralhetes, vitórias e tantas outras emoções!